domingo, 13 de dezembro de 2015

A Divina Comédia - Inferno


Título original: La Divina Commedia
Autor: Dante Alighieri
Editora: Editora 34 (a versão que li)
Ano: Século XIV


Um divisor de águas no conceito pós morte...


    Mais um mega desafio literário para mim: resenhar Dante na Divina Comédia!
  Como esta obra trata de profundas questões políticas, sociais, teológicas, etc... minha resenha consistirá apenas em impressões que tive do livro como leiga.
  De acordo com o prefácio de Carmelo Distante, a Comédia é o relato da viagem que Dante empreende para visitar os três reinos do outro mundo: o inferno, o purgatório e o paraíso, escrito em forma de cantos. 
    Hoje vou comentar sobre o início da trama, o Inferno.
  A história gira em torno de Dante, um jovem rapaz que se desvia dos bons caminhos ('reto procedimento') e se perde numa chamada "selva escura". Lá, ele encontra Virgílio, um poeta latino que, a pedido de Beatriz (antiga paixão de Dante), se oferece como guia para passar pelo inferno e pelo purgatório e levá-lo até onde Beatriz está, no paraíso. O intuito dessa jornada era que, ao ver os pecadores e a pena que cada um recebeu, Dante se arrependesse e encontrasse o caminho da salvação.
Dante aceita a proposta e ambos começam a peregrinação pelo inferno.
   O livro narra, então, cada chamado "círculo" do inferno - valas onde cada pecador é punido de acordo com a gravidade do seu crime. Em meio à jornada, Dante tem a oportunidade de conversar com os condenados e descobrir  o que fizeram e qual a respectiva pena.
   Os "círculos" vão sendo apresentados do menor ao maior pecado, seguindo a ordem: incontinência, violência, fraude simples e traição - sendo a última onde se encontra Lúcifer.
    Embora passem por muitos perigos, Dante e Virgílio são sempre protegidos do inferno por divina ordem, permitindo sair ilesos do inferno para o purgatório.


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Persuasão



Título original: Persuasion
Autora: Jane Austen
Editora: Landmark (a versão que li)
Páginas: 137 p.
Ano: 1817


O último romance da grande Austen...


     Este é o primeiro livro da minha autora favorita que tenho a honra de resenhar. E espero poder fazê-lo a altura.
     Não é segredo que meu livro preferido é Orgulho e Preconceito, da mesma autora. De fato, este é considerado sua obra-prima. Persuasão foi o último romance completo que Jane escreveu, tendo sido publicado postumamente em 1818, fechando sua carreira e o mundo das suas lindas obras em grande estilo.
     Nesta história, Anne Elliot é a protagonista. Moça meiga, inteligente e bondosa, que se apaixona e é correspondida por um marinheiro de poucos recursos, Frederick Wentworth. A precária situação financeira do rapaz, porém, leva a família a persuadir Anne a separar-se do seu grande amor.
     Oito anos mais tarde, ambos voltam a se encontrar, agora em um contexto bem diferente. Anne, mais amadurecida, aprendeu a formar suas opiniões sem a influência de terceiros. Tornou-se forte e centrada, sem, porém, perder a bondade e o empatia pelas pessoas. Frederick enriqueceu, tornando-se um poderoso capitão, mas acabou desenvolvendo um lado mais reservado e frio por conta do preconceito que recebeu. A história se desenrola em torno desse reencontro, em que mágoas do passado são vividas e o amor que tinham é, afinal, provado. 
     Enquanto isso, Anne é alvo das atenções do capitão Benwick, jovem introspectivo que perdera a noiva recentemente, e do seu primo, Willian Elliot, herdeiro dos Elliot, um homem de posses e prestígio; e Frederick é disputado pelas irmãs Louisa e Henrieta Musgrove, damas de boa família que se encantam pelo rapaz. O que será desse triângulo, quadrado, hexágono amoroso, só essa deliciosa leitura irá dizer.

domingo, 27 de setembro de 2015

O Clube do Livro do Fim da Vida



Título original: The end of your life book club
Autor: Will Schwalbe
Editora: Objetiva
Páginas: 292 p.
Ano: 2012 original - 2013 Brasil

Uma reflexão inesquecível da vida e dos livros...


     Este é um daqueles livros que, por mais que não tenha um enredo totalmente inovador, ou mesmo alguma grande surpresa no final, se torna inesquecível como poucos.
     O Clube do Livro do Fim da Vida é a história real de Will Schwalbe e sua mãe, Mary Anne, que descobre um câncer no pâncreas em estágio muito avançado, levando-a a um intenso tratamento quimioterápico para prolongar o pouco tempo que lhe resta de vida.
     Em meio ao tratamento, Will lança mão da única ferramenta que julga capaz de fazer com que ele e a mãe passem por esse período tão desafiador de uma forma mais leve: os livros. Ao usar desse hobby que Mary Anne sempre tivera e incentivara os membros da família a desenvolverem, mãe e filho entram numa espécie de clube do livro composto apenas pelos dois, onde os debates extrapolam as páginas dos livros ao embarcar em importantes questões sobre vida como fé, coragem, gratidão e amor de uma forma que nunca tinham falado.
     A história é, obviamente, muito triste em vários momentos, mas o modo corajoso como os personagens passam por essa difícil experiência é admirável. Além disso, as reflexões, ora profundas, ora divertidas, trazem ao livro uma leitura fácil, envolvente e tocante.

"Pode-se dizer que o clube do livro se tornou nossa vida; mas seria mais preciso dizer que nossa vida se tornou um clube do livro. Talvez sempre tivesse sido um - e foi preciso a doença da mamãe para nós percebermos. Não falávamos muito do clube. Falávamos dos livros, e falávamos de nossas vidas." (p. 14)

domingo, 19 de julho de 2015

A Mágica da Arrumação



Título original: Jinsei ga tokimeku katazuke no maho
Autora: Marie Kondo
Editora: Sextante
Páginas: 160
Ano: 2015 - Original: 2011



Um livro para mudar as coisas ao seu redor... de verdade!



     Hoje vou resenhar um livro completamente diferente dos já resenhados até hoje. Eu poderia não colocá-lo neste espaço, mas a influência real que ele exerce me leva a querer divulgar esse trabalho tão interessante.
     Marie Kondo (não, não é minha parente...) é uma japonesa que tem mania por arrumação desde a infância. Buscou inúmeros métodos de organização conhecidos, como os famosos "jogue fora tudo o que você não usa há um ano", "arrume uma parte por dia" e "descarte um item a cada item que comprar", mas acabou criando seu próprio método, o chamado KonMari. 
     O método consiste no princípio básico de que devemos organizar nossa casa, escritório, mente e vida com as coisas que nos trazem alegria e não apenas fazer desses espaços lugares para se entulhar coisas. Em resumo, você avalia, por categoria, os objetos, descarta os que não desempenham um papel positivo de bem-estar + utilidade e os organiza de modo a economizar espaço e trazer praticidade ao dia-a-dia. O livro ensina também como manter as coisas no devido lugar, com um espaço destinado a cada item. Uma vez atingido esse objetivo, a pessoa gasta menos tempo com arrumações e mais tempo com o que realmente gosta de fazer (a não ser que o que a pessoa mais goste seja arrumar, mas acho que não é a maioria...).
     Segundo a autora, os métodos convencionais servem apenas para "tirar a bagunça de vista", de modo que a desorganização torna-se uma consequência inevitável e o processo de arrumar, frustrante.
     Eu mesma testei o método com alguns itens e posso dizer que, por enquanto, ele tem funcionado. Eliminar o excesso sufocante de objetos e informações ao nosso redor tem um verdadeiro poder relaxante. Agora, espero ser disciplinada o suficiente para manter as coisas assim e prosseguir com o restante...


sábado, 18 de abril de 2015

Jogos do Prazer



Título original: Secrets of surrender
Autora: Madeline Hunter
Editora: Arqueiro
Páginas: 240
Ano:2008 original - 2014 Brasil


Mais um romance de época para arrancar suspiros...




     Roselyn Longworth é uma dama da nobreza que se vê diante do escândalo do irmão que fraudou o banco em que era sócio e fugiu do país levando o dinheiro de poderosos homens da alta sociedade. Um dos prejudicados por esse golpe, o visconde Norbury, decide se vingar na inocente irmã que o canalha deixou para trás, seduzindo-a e desonrando-a.
     Em uma festa de elite dada por ele, o visconde dá a cartada final da sua vingança leiloando-a aos cavalheiros, destruindo qualquer chance da mulher recuperar o que restara da sua dignidade. O que ele não esperava era a altíssima quantia que seu arquiteto ofereceria para levar sua dama e seus planos embora.
     Kyle Bradwell, um arquiteto de origem humilde e enriquecido por esforço próprio, tinha suas razões para querer a moça além do seus gestos refinados e sua beleza descomunal. Ele queria também vingança contra o visconde e conseguir a única coisa que lhe faltava para entrar de vez na sociedade: um título.
     Uma vez salva dos caprichos e humilhações do visconde, Rose é proposta em casamento pelo seu misterioso herói, ao mesmo tempo que recebe um convite do irmão para que deixasse tudo para trás e vivesse om ele em outro país, longe dos escândalos. Mas o belo arquiteto parece não ter apenas a honra a lhe devolver. Por trás dos gestos rústicos escondidos em trajes finos, pode haver o homem que ela sempre sonhara na vida.


sexta-feira, 20 de março de 2015

Tag Liebster Award

Pois bem, aceito o desafio e respondendo à Tag!
Quem me tagueou foi a Vanessinha, do blog Ri e Chorei...


Regras da Tag:


Muito bem, dito isso, vamos lá...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Casamento por conveniência



Título original: The marriage bargain
Autora: Jennifer Probst
Editora: Leya
Páginas: 240
Ano: 2014

Um clichê viciante...



     Alexandria McKenzie tem uma vida quase perfeita. Com a família reconstituída após o retorno do pai alcoólatra, sua livraria cheia de poetas e sua casa cheia de cachorros abandonados, apenas um amor perfeito completaria sua alegria. Mas a imensa dívida que a família contraíra para o tratamento do patriarca fez com que ela tivesse que abrir mão de certas qualidades que todas as mulheres esperam de um homem em detrimento de uma principal: o homem tinha que ser rico. Rico a ponto de ter 150.000,00 dólares disponíveis em sua conta para ceder a uma desconhecida, sem maiores explicações.
     Nicholas Ryan tem dinheiro. Muito dinheiro. Um arquiteto de renome, prestes a fechar o contrato de sua vida, que o colocaria no topo do mundo das construções. E só tem um pavor: casamento. Fruto de um lar destruído, não acredita na família como uma instituição em que alguém possa sair sem grandes traumas. Para conquistar o seu legado dos sonhos, porém, vai precisar de uma esposa imediatamente. Seu tio, ciente da fobia do sobrinho, morreu deixando em seu testamento a condição de que Nick só herdaria as ações da companhia caso se casasse e permanecesse casado durasse, no mínimo, um ano.
     E tem Maggie Ryan (alguma alusão a Cidade dos Anjos?), irmã de Nick e amiga de infância de Alexa que, por acaso, soube dos planos e urgências de ambos.
    O decorrer da história é bem previsível. Nick e Alexa firmam um contrato nupcial (contrato mesmo, com cláusulas do que seria permitido ou proibido nesse negócio matrimonial) e se casam, atuando como dois artistas amadores perante a família de Alexa e os colegas de trabalho de Nick.
    Sendo absolutamente o avesso um do outro, os dois precisam conviver ao longo de um ano, mantendo as aparências, mas, acima de tudo, protegendo o coração, já que Nick era ninguém menos que o antigo amor platônico de Alexa e Alexa, a amiga pirralha da sua irmã caçula que havia se tornado uma mulher para lá de divertida e inconvenientemente estonteante.